"Não sei, até hoje não sei se o príncipe era um deles. 
Eu não podia saber, ele não falava. 
E, depois, ele não veio mais. 
Eu dava um cavalo branco para ele, 
uma espada, dava um castelo e bruxas para ele matar,
dava todas essas coisas e mais as que ele pedisse,
 fazia com a areia, com o sal, com as folhas dos coqueiros, 
com as cascas dos cocos, 
até com a minha carne eu construía um cavalo branco para aquele príncipe.
 Mas ele não queria, acho que ele não queria, 
e eu não tive tempo de dizer que quando a gente precisa que alguém fique 
a gente constrói qualquer coisa, 
até um castelo." 
**Caio Fernando de Abreu**