sábado, 28 de novembro de 2009
ou não me quer e não vem.
Mas que me diga logo
Mas que me diga logo
pra que eu possa desocupar o coração.
Avisei que não dou mais nenhum sinal de vida.
E não darei.
Avisei que não dou mais nenhum sinal de vida.
E não darei.
Não é mais possível.
Não vou me alimentar de ilusões.
Prefiro reconhecer com o máximo de tranqüilidade possível
que estou só do que ficar a mercê de visitas adiadas,
encontros transferidos..."
Não vou me alimentar de ilusões.
Prefiro reconhecer com o máximo de tranqüilidade possível
que estou só do que ficar a mercê de visitas adiadas,
encontros transferidos..."
**Caio Fernando de Abreu**
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Às vzs penso que Caio F. podia ler meu coração...
Menos dramática.
Menos intensa.
Menos exagerada.
Alguém já desejou isso na vida: ser menos?
Pois é. Estranho. Mas eu preciso.
Nesse minuto, nesse segundo, por favor, me bloqueie o coração,
me cale o pensamento, me dê uma droga forte para tranquilizar a alma.
Porque eu preciso. E preciso muito.
Eu preciso diminuir o ritmo, abaixar o volume, andar na velocidade permitida,
não atropelar quem chega, não tropeçar em mim mesma.
Eu preciso respirar.
Me aperte o pause, me deixe em stand by,
eu não dou conta do meu coração que quer muito.
Eu preciso desatar o nó.
Eu preciso sentir menos, sonhar menos, amar menos, sofrer menos ainda.
Aonde está a placa de PARE bem no meio da minha frase?
Confesso: eu não consigo.
Nada em mim pára, nada em mim é morno, nada é pouco,
não existe sinal vermelho no meu caminho que se abre e me chama.
E eu vou...
Com o coração na mochila, o lápis borrado, o sorriso e a dúvida,
a coragem e o medo, mas vou...
Não digo: "estou indo", não digo: "daqui a pouco",
nada tem hora a não ser agora.
Existe aí algum remedinho para não-sentir?
Existe alguma terapia, acupuntura, pedras,
cores e aromas para me calar a alma e deixar mudo o pensamento?
Quer saber?
Existe.
Existe e eu preciso.
Preciso e não quero."
**Fernanda Mello**
Com que tortura me arrancaste um beijo
Por que me incendiaste de desejo
Quando eu estava bem, morta de sono
.
Com que mentira abriste meu segredo
De que romance antigo me roubaste
Com que raio de luz me iluminaste
Quando eu estava bem, morta de medo
.
Por que não me deixaste adormecida
E me indicaste o mar com que navio
E me deixaste só, com que saída
.
Por que desceste ao meu porão sombrio
Com que direito me ensinaste a vida
Quando eu estava bem, morta de frio.
**Chico Buarque de Holanda**
Eu fiz tudo certo,
só errei quando coloquei sentimento.
Só fiz bobagens e me dei mal
quando ouvi este louco coração de criança
que insiste em não endurecer
e se recusa a envelhecer."
**Clarice Lispector**
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Hoje é dia de Blogagem Coletiva!
Dia de "Abrir Aspas para a Poesia"!!
Uma proposta de Lunna do blog "Teorias Impossíveis"
É a terceira edição desta proposta, que consite
em escolher um poeta e uma poesia para deixar mais poética a blogosfera…
E a primeira vez que, com muita alegria,
participo, trazendo pra este meu "cantinho de poesia" mais brilho e beleza e sonho
que é um pouco do que a poesia nos transmite.
Escolhi Caio Fernando de Abreu, que transborda emoção em seus poemas
e traduz os sentimentos de forma encantadora.
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Espero que se encantem como eu me encanto
sempre que o leio.
Obrigada Lunna pela oportunidade de participar desta Blogagem Coletiva...foi um prazer enorme!
'Dentro de mim guardo sempre teu rosto
e sei que por escolha ou fatalidade,
não importa, estamos tão enredados
que seria impossível recuar para não ir até o fim
e o fundo disso que nunca vivi antes
e talvez tenha inventado apenas para me distrair
nesses dias onde aparentemente nada acontece
e tenha inventado quem sabe em ti
um brinquedo semelhante ao meu
para que não passem tão desertas
as manhãs e as tardes
buscando motivos para os sustos
e as insônias e as inúteis esperas ardentes
e loucas invenções noturnas."
**Caio Fernando de Abreu, in: Os Dragões não Conhecem o paraíso**
e sei que por escolha ou fatalidade,
não importa, estamos tão enredados
que seria impossível recuar para não ir até o fim
e o fundo disso que nunca vivi antes
e talvez tenha inventado apenas para me distrair
nesses dias onde aparentemente nada acontece
e tenha inventado quem sabe em ti
um brinquedo semelhante ao meu
para que não passem tão desertas
as manhãs e as tardes
buscando motivos para os sustos
e as insônias e as inúteis esperas ardentes
e loucas invenções noturnas."
**Caio Fernando de Abreu, in: Os Dragões não Conhecem o paraíso**
"Meu coração é um poço de mel,
no centro de um jardim encantado,
alimentando beija-flores que,
depois de prová-lo,
transformam-se magicamente em cavalos brancos alados
que voam para longe, em direção à estrela Veja.
Levam junto quem me ama,
me levam junto também.
Faquir involuntário,
cascata de champanha,
púrpura rosa do Cairo,
sapato de sola furada,
verso de Mario Quintana,
vitrina vazia,
navalha afiada,
figo maduro,
papel crepom,
cão uivando pra lua,
ruína, simulacro,
varinha de incenso."
**Caio Fernando de Abreu**
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
oitocentas e dezoito mil e... seiscentas e setenta e uma pessoas no mundo.
Algumas tem medo.
Outras voltam ao lar.
Outras mentem para sobreviver.
Outras estão começando a enfrentar a verdade.
Alguns são malvados que lutam contra o bem.
E outros são bons e lutam contra o mal.
Seis bilhões de pessoas.
Seis bilhões de almas.
E, às vezes...você só precisa de UMA."
**Grey's Anatomy**
domingo, 1 de novembro de 2009
Hoje acordei com ares de melancolia
faz um sol lindo lá fora
e aqui dentro esta tudo nublado, com ares de dias chuvosos
aliás, tem chovido muito por aqui...na alma.
Ando cansada de tanta busca
de não ter respostas para minhas perguntas
de me sentir tão sozinha
...deste silencio
que às vezes grita alto
queria apenas poder parar um pouco
me sentar à sombra daquela árvore
e apenas sentir a brisa no rosto...
pousar o coração na grama verde
e apenas sentir suas batidas tranquilas
sem esta aflição na alma
ou este desassossego...
Hoje acordei assim...
sem querer saber de vc
sem querer pensar em mim...
**Ana Paula Abreu**
**Ana Paula Abreu**
.
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*Minhas tão mal traçadas linhas são apenas uma tentativa de jogar pra fora o que algumas vzs aflige o coração...mas eu e as palavras estamos ainda, lentamente e timidamente nos conhecendo...quem sabe, um dia, isso ainda vire um sério caso de amor e eu aprenda a escrever,rss...beijos aos que passam por aqui
Interrogação
com o beijo não dado
com o abraço sufocado
com o desejo reprimido
com o tesão recolhido
O que fazer...
Os sentimentos migram um a um...
Alegria
Euforia
Contentamento
Deslumbramento
Saudade
Essa gangorra de emoções...
ora contentamento
ora descontentamento
ora gozo
ora tormento
ora alegria
ora tristeza
ora sorriso
ora lágrimas
ora doce
ora amargo
ora amor
ora ódio
ora vida
ora morte
ora ceu
ora inferno
O coração antes um jardim florido
Se transforma em terreno árido
É preciso que venha a chuva
E o milagre da floração aconteça...
É preciso que voce venha...!
**Ava**
"Com amor não amado,
A gente larga no passado,
Que amor assim não faz bem…
Agora com essa gangorra de emoções ,
A gente faz uma centena de canções,
E sai procurando outro alguém.
Pois tanto “ora…” junto,
È Amor mais que profundo,
Tesão que não merece se recolher…
Deixe migrar o sentimento
Quem sabe não mo traga o vento
E pingando em Ti…
Um dia irei chover."
**Vagabundo**
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