Confessa.
Tuas noites são povoadas por saudades...e memórias.
Tu também olhas pela janela
nas altas madrugadas desejando um amor...em segredo.
Tu também te perdes,
caminhos errados, pessoas estranhas
– o santo não bate, lembra?
Ninguém desconfia das tuas angústias.
Nem mesmo eu.
E então, com meia dúzia de palavras bonitas,
mas difíceis, tu te desnudas.
Sem querer?
Não te imagino intencional.
És um aviãozinho de papel a vagar pelos ventos sem rumo.
Engana-te se achas que é possível
ser terrivelmente feliz nestes esconderijos.
Abre-te para os encantos.
É lá que moram os olhares encontrados,
a pele arrepiada,o pé que encosta no outro sem aviso.
As mãos dadas.
Tu me encantas...longe, perto, sem saber..."
**Paula Pfeifer**
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