Queria dançar sobre os canteiros,
cheio de uma alegria tão maldita que os passantes jamais compreenderiam.
Mas não sentia nada.
Era assim, então.
E ninguém me conhecia.
Subi correndo no primeiro bonde,
sem esperar que parasse,
sem saber para onde ia.
Meu caminho, pensei confuso,
meu caminho não cabe nos trilhos de um bonde.
**Caio Fernando Abreu**
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