Não deixes que nada desate o nó,
Que cruzando-se formarem,
As tuas pernas e as minhas.
Mesmo que eu diga não,
Mesmo que eu te maldiga,
Mesmo que eu te maltrate,
Como se contra vontade
Me tivesses dominado.
Não deixes que se desate
O nó em que me prendeste…
Mesmo que agarrando os teus cabelos
Eu os prenda nos meus dedos
E os puxe e te puxe,
E te morda beijos e boca,
E renegue o teu abraço
Maldizendo os teus braços.
Não deixes que se desate
O nó em que me prendeste…
Revoltar-me-ei no teu corpo
Procurando o meu solto,
Cravarei unhas e mãos
Nos teus braços,
Nas tuas costas,
Mexer-me-ei nas tuas pernas
No esforço de libertar…
Não,
Os braços com que me atas.
Não,
As pernas com que me prendes.
Mas o aperto que sinto no peito,
Mas a urgência que me prende a voz,
E este fogo que me arde no ventre
E se solta
Desatando nós
**Encandescente**
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