Como podem tuas mãos
ser em mim fogo e água
E atearem labaredas
e correrem como um rio
E matarem minha sede
e serem fogo e arrepio
E serem chama e calor
E serem húmidas brasas
E serem sólidos os teus dedos
E em mim nascerem asas
E voar nas tuas mãos
Fogo, água e arrepio
Tremer ardendo de paixão
E desfazer-me em gotas de água
Entre os teus dedos
Nas tuas mãos
Minha prisão e minhas asas.
**Encandescente**
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